Quais tratamentos realizei?
Quais especialistas me atenderam entre 2017 e 2019, contribuindo para a cura dos sintomas da Misofonia?
Este material foi publicado originalmente no Facebook – Grupo de apoio: Misofonia – Síndrome. Atualizamos com mais informações, links e imagens. Trata do caminho que percorri para obter a cura da Misofonia. Pode ser o primeiro passo para novas curas.
1 – INTRODUÇÃO
Os profissionais da área da saúde que me atenderam foram fundamentais para meu processo de libertação da Misofonia. Aliás, qualquer um deles que conheça os estudos mais recentes, terão maior chance de te ajudar, pois irão adotar uma abordagem multidisciplinar. Aqui me refiro que há aspectos médicos diagnosticáveis por diferentes especialidades (otorrino/neuro/endócrino/psiquiátrico), aspectos psicológicos e aspectos sociais que podem participar da condição e esta ser específica em cada pessoa.
Por isso é importante que o profissional conheça Misofonia, mas se este não conhecer, você pode buscar outros caminhos. Nem todos os profissionais que me atenderam conheciam, mas eu já havia entendido que poderia, antes de me consultar, verificar se o(a) profissional mantinha atividades em instituições de pesquisa/ensino como, por exemplo, universidades. Assim, haveria mais chance deste(a) estar mais atualizado(a) ou aberto(a) a entender meu problema e pesquisar mais a respeito. E também, à medida que eu fui entendendo, através de diversos estudos científicos, a dinâmica da Misofonia e de outros problemas similares, pude ser melhor ajudado por todos eles. Para quem não conhece minha história, recomendo que leia o meu Relatos de um (quase) ex-misofônico, onde analiso todos os sons que me incomodavam.
2 – A PRIMEIRA CONSULTA PRODUTIVA
A primeira Otorrinolaringologista, vou chamá-la de Otorrino-1, atendeu minha filha em uma consulta de rotina e depois me atendeu. Apesar das recomendações sobre a profissional, esta nunca ouvira falar, até então, sobre Misofonia. Contudo, se prontificou a me ajudar e na minha opinião, o fato de estar vinculada a uma instituição de ensino e pesquisa (UFPa), a diferenciava de outros que só atuam em consultórios, porém pude entender posteriormente que não é uma regra, pois há profissionais que te acolhem independente do conhecimento destes sobre Misofonia.
Ela solicitou vários exames para uma avaliação inicial. Realizei os exames e ao retornar com ela, já tive um primeiro diagnóstico: DPAC – Distúrbio do Processamento Auditivo Central. Realmente! Frequentemente tenho dificuldade de acompanhar diálogo com pessoas próximas a mim em ambientes com outros sons de fundo, como por exemplo, num restaurante. O processamento auditivo central é responsável pela capacidade de reconhecermos sons específicos em meio a outros sons (e ruídos). No meu caso, fiquei surpreso quando ela especulou que adquiri o DPAC como forma de lidar com os sons que me incomodavam, pois em ambientes ruidosos eu igualmente tinha mais dificuldade de percebê-los do que estando em ambientes mais silenciosos. Fazia sentido para mim. Já nesta segunda consulta ela já tinha pesquisado sobre Misofonia e me encaminhou para outra Otorrinolaringologista (e também Foniatra) especialista em Zumbido/Hiperacusia. Vou chamá-la de Otorrino-2
3 – FINALMENTE UMA MÉDICA QUE CONHECIA MISOFONIA
Demorei muito em ir com a Otorrino-2. Então ao me consultar com ela, foi necessário repetir alguns exames. Não é raro que Misofonia venha associada com Hiperacusia, Zumbido (Tinnitus) e ainda os sintomas sejam compartilhados com outros problemas. Eu pesquisei vários como Disfunção na Trompa de Eustáquio, Síndrome de Deiscência do canal Semicircular Superior (SDCSS), Síndrome do Tensor Timpânico Tônico (STTT), Recrutamento Sonoro, Migrância e/ou outros problemas auditivos. Digo não raro pois em grupos de rede social, frequentemente há participantes citando problemas com barulhos e sons altos como os de escapamento de motocicletas, furadeiras e poluição sonora em geral que são sons que causam problemas associados a sintomas de percepção alterada de volume, como Hiperacusia ou Recrutamento Sonoro, diferente dos sons de baixa intensidade, citados frequentemente como gatilhos da Misofonia, como os de mastigação e respiração, por exemplo. Contudo há quem possa estar com sintomas de ambos.
Após a avaliação inicial, a Otorrino-2 verificou se havia algum dos problemas que citei mais acima, que pudessem estar associados com os incômodos que eu somente considerava como Misofonia. Um dos exames eu ainda não realizei há mais de dois anos, depois que parei de ter os sintomas da Misofonia. Agora que veio a pandemia da COVID-19, não pude realizá-lo. Este pode comprovar o quase-certo-diagnóstico de SDCSS no ouvido direito, que pode ser responsável pelo incômodo doloroso quando ouço altas frequências como assobio, que persiste mesmo depois da cura do sintoma de Misofonia. Antes, na presença do assobio eu tinha reações características de Misofonia, que pela definição dos estudos atuais, é uma reação neuro emocional negativa e exagerada a gatilhos sonoros. Agora o assobio não me causa mais o incômodo de Misofonia, mas ficou um desconforto no ouvido que pode ser causado por SDCSS.
Veja que isso torna importante realizar consulta com Otorrinolaringologista, pois mesmo que ele nem conheça Misofonia, se descobrir a presença de SDSCC, DPAC, etc e tratá-los, pode ajudar a reduzir ou mesmo resolver teu problema com Misofonia, ou que você considera ser Misofonia. Veja também que aqui poderemos ter vários fatores que podem nos afastar de procurar estes profissionais (ortorrinos). O primeiro é que a maioria considera ter Misofonia por meio de autodiagnóstico. O segundo é definir todos os incômodos relacionados a sons como sendo Misofonia. O terceiro é que na hipótese de seu caso ser um problema de como o teu cérebro/mente reagem de forma alterada a estímulos sonoros (a maioria auditivamente inofensivos no caso da Misofonia), você pode adotar estratégias erradas para lidar com o problema, além de perder a chance de verificar os outros problemas, descritos anteriormente, que poderiam ser resolvidos por profissionais independente deles conhecerem Misofonia.
Então, voltando a Otorrino-2. Mesmo ainda sem fechar todos os diagnósticos possíveis e descritos acima, ela pôde iniciar um tratamento para meu caso. Ela avaliou quais os impactos da Misofonia para minha vida profissional, familiar, etc. Isso a permitiu decidir qual seria sua conduta médica, quais tratamentos e possíveis encaminhamentos para outros profissionais das especialidades de fonoaudiologia, psicologia, psiquiatria, etc. Então ela sugeriu que eu tratasse a intolerância a gatilhos com duas abordagens diferentes: uma terapia já conhecida de treinamento e dessensibilização do Zumbido – a TRT – Treinamento de Retreinamento do Zumbido (tinnitus em inglês) e Neurofeedback – para treinar o minha atenção a não FOCAR demasiadamente nos sons que me incomodavam. Como são terapias que poderiam causar muita ansiedade em mim, fui encaminhado para psicólogo(a) que aplicasse a TCC – Terapia Cognitiva Comportamental – para aprender a lidar com essas situações, entender o processo de raiva e ódio dentro de mim e aprender a não ser negativo e pessimista. Sem este apoio da TCC qualquer tentativa de tratamento seria mais demorada ou até inviável. A TCC, no mínimo ajuda a diminuir a ansiedade antecipatória e com isso reduzir o estado de alerta que, normalmente, nos faz focar demasiadamente nos sons que podem nos afetar. A TRT foi indicada em função de, à princípio, não ser identificado em mim, alterações Psiquiátricas, pois haveria a necessidade avaliação e acompanhamento Psiquiátrico, para controle dessas alterações antes de iniciar a TRT.
Veja. Tudo isso foi graças a Otorrino conhecer os estudos de Misofonia e entender que, no meu caso era um processo terapêutico multidisciplinar. Se o SDCSS se confirmar também, ela acrescentará mais um tratamento específico (depois da Pandemia).
E mesmo com toda essa abordagem que por si só já era uma ou várias luzes no fim do túnel, ela ainda aplicava Acupuntura. Então ela imediatamente começou a tratar meu estado geral de ansiedade e não somente em função da Misofonia. Essas sessões eu vinha realizando desde então. Não é indicado só para Misofonia, mas para todos os estresses do dia a dia. Para quem tiver vontade de realizar, relato que ela aplicou uma esfera (chamada na acupuntura de semente) num ponto específico na orelha esquerda – o Antitrago – que atua sobre o tronco cerebral. Esse ponto me causa uma sensação de alívio como a que sentimos quando saímos de uma situação estressante que dá um “nó na garganta”. Essa mesma sensação de alívio amenizava, em mim, o desconforto e irritação logo após ouvir um som gatilho como chupar os dentes (vale a dica).
4 – OS CAMINHOS DE TRATAMENTO APÓS A OTORRINOLARINGOLOGISTA
Em 2017 eu não tinha um salário fixo, trabalhava das consultorias de projeto e de desenvolvimento de sistemas que realizava (realizo ainda) na maior parte do tempo na sala do apartamento onde moro. Com isso evitava ambientes hostis para minha condição misofônica. infelizmente, tanto para a TRT quanto para Neurofeedback, não encontrei ninguém que atendesse pelo plano de saúde. Aliás, verifiquei que nenhum profissional em minha cidade (Belém-Pa) atendia essas duas terapias através de planos de saúde. A TRT é conduzida por um(a) Fonoaudiólogo(a) e o Neurofeedback, geralmente, por Psicólogos, Neuropsicólogos ou Psiquiatras. Então não poderia realizar estas terapias, mas há um detalhe.

Antes de descobrir sobre Misofonia eu já havia testado, com sucesso, uma forma de me dessensibilizar de um gatilho através de minha habilidade de focar totalmente minha atenção quando toco piano. Funcionou para eliminar os sintomas de Misofonia, para o som de batucar em superfícies, ou tamborilar, como alguns dizem. Envolveu tanto treinar meu foco quanto dessensibilizar para estes sons. Lembra um pouco Neurofeedback e TRT, mas não são as duas misturadas e foi em caráter experimental, pois já venho tentando me libertar deste problema usando a eletrônica e música desde os 14 anos (desde 1984). Poderia não funcionar e ter piorado minha sensibilidade, mas funcionou. Contudo, não tenho como afirmar se teria o mesmo sucesso ou resultados positivos em menor tempo, se seguisse o tratamento com a TRT e Neurofeedback. Eu acredito que sim, pelo resultado que obtive acima, realizado experimentalmente e sem acompanhamento por um(a) profissional. Estando sem dinheiro para as terapias prescritas, resolvi me voltar para a TCC, também indicada pela Otorrino-2, na esperança que iria me ajudar.

5 – E A TCC COMEÇA A SURTIR EFEITO
Eu já havia lido e estudado a fundo esta terapia e já vinha aplicando em forma de “autoterapia” e estava funcionando, principalmente para reduzir os sintomas da misofonia para os sons de mastigação. Fui postando meu progresso no grupo de apoio (citado lá no início do texto). Era um progresso lento, mas era perceptível.
De qualquer forma, com o encaminhamento da Otorrino-2, criei coragem para tentar mais uma vez a Psicologia para me ajudar, pois antes de 2017 eu já tentara algumas vezes sem efeito. Mas diferente das outas vezes, esta seria uma Terapia Comportamental, que não havia tentado antes. Localizei na lista do plano de saúde uma Psicóloga na linha da terapia comportamental. A maioria era Psicanálise, Gestalt terapia, etc e no meu caso, estas outras abordagens não funcionaram antes ou talvez eu não estivesse preparado para estas terapias antes de descobrir sobre a Misofonia.
A Psicóloga não conhecia Misofonia, mas a essa altura, com o conhecimento que eu mesmo já havia adquirido sobre este problema, nem me importava com esse fato. Então a cada sessão ia validando os conceitos da TCC e ela ajudou a identificar em mim como aplicar esses conceitos para melhorar dos incômodos. A princípio eu pensei que não ia funcionar, mas foi surpreendentemente eficaz. Um dos marcos de minha melhora foi a publicação que realizei em outubro de 2017, num restaurante com seis pessoas mastigando ao meu lado. Já era o resultado das 12 primeiras sessões de TCC, uma a cada semana.

A Psicóloga, assim como a Otorrino-2, tiveram, o cuidado de me avaliar logo nas primeiras consultas. Pois eu poderia ter indicativos de ser paciente Psiquiátrico, por exemplo, demonstrar sintomas de TDAH, TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada e TDM – Transtorno de Depressão Maior. Para esses transtornos, precisaria ter um acompanhamento Psiquiátrico concomitante com a TCC. Não foi o meu caso até agora, depois de ter saído dos sintomas da Misofonia. Publiquei um relato: Como a TCC – Terapia cognitivo comportamental alavancou meu processo de cura, onde cito mais detalhes. Nos grupos de apoio que participo há várias publicações onde relato meus progressos e ao mesmo tempo relatos indicativos do que estava funcionando. A maioria dos meus relatos cita ressignificação, gestão emocional, autoconhecimento como a base de todo meu tratamento, o que desapontou alguns que esperavam indicação de medicamentos ou uma receita simples. Curar Misofonia, atualmente, ainda envolve esforço emocional e nem todos aceitam. Eu mesmo não aceitaria antes de 2016, mas quando comecei a linkar os diversos estudos sobre Misofonia, estudando também sobre as Bases Neurológicas do Comportamento e diversos tópicos de neurociências, foi quando me convenci que esse é o caminho.
6 – O PAPEL DO ESFORÇO PESSOAL NO PROCESSO DE CURA
Em 2019 eu já estava bem melhor que em 2017. Os sintomas tinham reduzido para a maioria dos sons gatilhos. A minha mudança de atitudes para gerir a reação Misofônica, que no início parecia impossível dada a resposta automática, já me conferia um tempo entre perceber o som e não reagir com raiva/aversão para muitos gatilhos. Tudo isso graças ao tratamento da ansiedade antecipatória com a Acupuntura, a TCC onde aderi totalmente aos tratamento. Igualmente importante foi me envolver em voluntariado para ajudar pessoas, incluindo nos grupos de rede social como o Misofonia – Síndrome. Ajudar pessoas me ajudou a quebrar um dos ciclos que me aprisionava na Misofonia – personalidade antissocial e o senso crítico exacerbado – que surgem, muito em em função, do sofrimento em ter de lidar constantemente com situações desfavoráveis com familiares, colegas de trabalhos e vizinhos. O senso crítico exacerbado me levava a deslocar a responsabilidade dos meus problemas da Misofonia para as pessoas que produziam os sons gatilhos e com isso, desenvolvi intolerância ao contato social. Muitos quando estão assim não procuram tratamentos, pois acreditam que não há tratamentos e cura que os faça melhorar e por muito tempo eu estava assim, acreditando que nada iria mudar, só piorar.
Apenas quando decidi que teria de enfrentar o problema olhando mais para meu interior do que só olhando externamente, buscando causas e o que poderia fazer para melhorar é que procurei focar em soluções para reduzir os níveis de intolerância a sons. Então foquei nos estudos sobre misofonia, neurociências, técnicas de relaxamento, e psicoterapias. Nem precisou ser um estudo aprofundado, mas com essa base de conhecimento e através de processos racionais e motivacionais, adotei como estratégia principal: reduzir o nível geral de intolerância a tudo, de pessoas a ideias, ou seja, combater o ódio dentro de mim. Uma das formas de combater o ódio foi o trabalho voluntário nos grupos em rede social, onde procurei acolher as pessoas tanto ou mais que eu, com o conhecimento que vinha estudando sobre Misofonia, incluindo o que poderia melhorar os sintomas, como as técnicas de relaxamento, de respiração abdominal profunda, as mesmas técnicas que eu utilizava. Enquanto isso fui fortalecendo a convicção que combater o ódio gerado pela Misofonia era fundamental para reduzir a própria Misofonia. Parece impossível, não?
Bom, na minha opinião não é impossível. Exige esforço emocional e determinação, pois a maior parte do trabalho é nosso, inclusive quando estamos em tratamento.
7 – ENFIM, O ÚLTIMO TRATAMENTO
Então fui procurado por uma Terapeuta que me convidou a realizar terapia com EMDR. Ela desenvolveu um protocolo específico para Misofonia. Graças a forma como ela conduziu, aliado a tudo que eu já havia conquistado, possibilitou uma aceleração no meu processo de reduzir os sintomas e um pouco mais de um mês, já estava sem os incômodos da Misofonia. Não preciso dizer que aderi totalmente ao tratamento, mas preciso dizer que durante as sessões ela utilizou, como ela mesmo relatou posteriormente: EMDR, TCC, Brainspotting e até Hipnose como opções dentro da “caixa de ferramentas” que ela foi utilizando, conforme as sessões decorriam. Todos os sintomas de Misofonia desapareceram. É importante relatar que ela também verificou através de entrevistas se eu era indicativo para ser encaminhado para um(a) médico(a) psiquiatra.
8 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Preciso esclarecer que Misofonia ainda não tem uma cura validada por estudos acadêmicos. Porém, relatos de cura começaram a surgir e não devem ser ignorados pelos pesquisadores. Há relatos de cura acontecendo em consultórios que provavelmente não estão ainda visíveis a pesquisadores. Fora os casos oriundos da Medicina dita alternativa.
Enquanto isso, segue meu relato.
Perceba que estou contando uma trajetória que começou com uma Otorrino. Em outros relatos meus aqui no blog eu contarei outros detalhes. Para quem já leu meus relatos no grupo de apoio e no site misofonia.org sabem que tive sucesso com a TCC e a cura completa – dos sintomas de Misofonia – com EMDR, que são psicoterapias, mas sem ignorar fatores médicos que poderiam ser contribuintes para intensificar ou não os sintomas da Misofonia ou ser outro problema mas eu perceber como se fosse apenas Misofonia, que suspeito que acontece em boa parte dos relatos que leio. O autoconhecimento é muitíssimo importante, como foi no meu caso, pois decidi não ser leigo em Misofonia, e é claro, envolveu um esforço emocional considerável.
Mesmo que a abordagem inicial tenha sido realizado por uma profissional médica com especialidade em Otorrinolaringologia, que foi o meu caso, o mesmo pode ser dito se, por exemplo, o(a) Médico(a) Psiquiatra conhecer Misofonia. O mesmo irá verificar se outros problemas e/ou condições estão presentes como TDAH, TOD, TOC, TEA, TA, etc, e na abordagem multidisciplinar lhe encaminhará para Otorrino para verificar problemas auditivos e/ou psicoterapeutas, de acordo com teu caso. Porém se este profissional não conhecer nada sobre Misofonia, pelo menos, tentará te tratar de acordo com os sintomas que relatares, vinculando a um ou mais dos diversos problemas médicos da competência deste.
⚠️Aqui fica meu alerta. Em função da variedade de fatores envolvidos, o medicamento que o Psiquiatra/Neurologista/Otorrinolaringologista prescreve para um paciente pode ter efeito contrário em outro paciente, em se tratando de Misofonia ou qualquer outro problema. Por isso não é recomendado citar medicamentos nos relatos e comentários, seja aqui no Blog ou em grupos de apoio.
Agora com relação a não ter profissionais que conheçam Misofonia, aí é outra história. Como podemos ajudar a ampliar e divulgar conhecimento sobre Misofonia?
Resposta: CAMPANHAS!!!
Deixo alguns links úteis para quem for se aprofundar
- Meu relato em vídeo:
- O Processamento Auditivo Central (PAC) avalia uma série de operações mentais que o indivíduo realiza ao lidar com informações recebidas via o sentido da audição, ou seja, avalia como o cérebro processa (analisa e interpreta) as informações que o indivíduo escutou:
- TRT
- Neurofeedback
- EMDR – Eye Movement Desensitization and Reprocessing (Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares) é uma psicoterapia que permite o reprocessamento de memórias através da estimulação cerebral bilateral, conhecida principalmente por utilizar movimentos rápidos dos olhos para promover esta estimulação bilateral. Esta terapia tem eficácia reconhecida pela OMS.
- Brainspotting, Uma Nova e Revolucionária Psicoterapia para Mudanças Rápidas e Eficientes
- Lista de profissionais que atendem pacientes com (suspeita de) Misofonia
Pingback: Ah! mas isso é psicológico… – Curados (blog)
Bom dia Alexandre,
Muito legal seu depoimento, obrigado por compartilhar.
Nunca fiz um diagnostico, mais desde os 12 anos de idade, lembro de sofrer demais com alguns gatilhos. Hoje tenho 41 anos e perdi meu emprego por causa do gatilho dos sons das unhas das minhas colegas de trabalho no teclado do computador, desde então estou em casa cuidando dos meus filhos e convivendo com outros gatilhos, infelizmente, o medo de arrumar outro emprego onde o gatilho que me fez perder o anterior é gigante.
Ah acredito que meu filho de 13 anos possa ter também.
Conhece algum profissional de otorrino que conheça sobre o assunto aqui na região de Porto Alegre – RS? Preciso fazer os diagnósticos urgente.
Olá Denison.
Consultei no grupo de apoio (Misofonia – Síndrome no facebook) e indicaram estes profissionais em Porto Alegre:
1 – Dra. Monise Costanzi – Psiquiatra – Rua Mostardeiro, 157 Sala 903, Porto Alegre – (51) 98176-4889
2 – Dra Claudia Barros Coelho – Otorrinolaringologista – (51) 3710-2610
E não deixe de ver na TVMisofonia:
Live esclarecedora entre um Psiquiatras e uma Otorrino sobre Misofonia: https://youtu.be/EzbSApaW4DI
Live sobre Misofonia com foco na família: https://youtu.be/Pwm2aOUxSOQ?t=711
Olá, você consultou com alguém?
Está melhor?
Moro próximo de Porto Alegre
Alexandre, muito bom seu relato. Gostaria de saber se você conhece algum profissional aqui em Maceió-Al. Obrigada.
Como me identifiquei com alguns sintomas seus…tá sendo muito difícil pra mim, um sofrimento terrível.
Pesquisando, encontrei a Dra. Janine Silva Carvalho
Tente entrar em contato com ela:
https://www.doctoralia.com.br/janine-silva-carvalho/otorrino/maceio
Boa tarde Alexandre, muito interessante seus relatos e sua disponibilidade em compartilhar suas experiências.
Procurei sobre Misofonia, pois tenho uma filha de 15 anos que a mais de um ano foi diagnosticada e luta contra esta doença, e nós os Pais sofremos juntos, encontrei muita informação importante em seus relatos e vou compartilhar com a minha esposa, e minha filha para que juntos possamos nos ajudar a lutar e alcançar a cura de minha filha.
Obrigado e que DEUS o abençoe
Olá Marcos,
Vocês vão conseguir!!!
Logo logo compartilharei mais publicações que possam ajudar.
Verifica a lista de profissionais que atendem pacientes com misofonia nesse link
Obrigado Alexandre.
Tenho fé que sim, mas de verdade, está bem difícil, pq aos 15 anos tudo se soma, baixa auto estima, auto afirmação, estudos, Gatilhos.
É um dia após o outro, principalmente agora em época de provas, nossa filha fica pior, diz que não está aguentando a pressão, que não merece o que tem, chega até a falar que DEUS não existe.
Ela está em tratamento com uma psicóloga e um psicoterapeuta (hipnose), mas ela não segue o que eles falam e tem até se negado a fazer hipnose as vezes.
Me perdoe o desabafo, mas é que realmente está complicado lidar com isso.
Nós os pais ficamos um pouco perdidos.
Abraço e obrigado.
Pingback: Resumindo a escala de tempo da minha história – Curados (blog)
Boa noite!
Achei que não tinha tratamento, pois tem vários sons que me deixam irritada, as vezes as pessoas acham que é chatisse minha, sempre tenho que ter um som, TV ligada pra me distrair principalmente na hora das refeições, barrulho de teclado tbm me irritam.. é complicado